PENEDA GERÊS TRAIL ADVENTURE 2019
STAFF |
De salientar que há apenas dois atletas que nas 6 edições
participaram em 5. Quim Sampaio (2017 falhou por 15 dias antes ter partido uma perna) e Gerson Silveira.
1ª Etapa – Ponte Misarela/Gerês, 27 km
Logo após o almoço, o autocarro levou todos os atletas
(todos menos 2) até à partida, situada na ponte milenar, Ponte de Misarela. Os
dois atletas que não partiram da Vila do Gerês de autocarro, foram o casal
Linda Brink / Barry Oven que tinham chegado a acordo com a organização para nesse dia fazerem 100 km.
Partida da Serra do Larouco, perto de Montalegre
às 2 horas da madrugada. hora para chegarem a Ponte de Misarela a tempo de começarem o PGTA. Quando já tinham “palmilhado” 75 Km e tinham ainda 27
para o final, chegaram. Chegaram e partiram logo de seguida.
Linda |
Tiveram uma recepção calorosa dos atletas que estavam à
espera deles para se dar início ao PGTA.Nessa altura reparo que a Linda tinha os dois
joelhos ensanguentados, mas um deles bastante maltratado. Com o meu “Portunhês”
perguntei-lhe como se sentia, respondeu bem, mas com muita dor. Foi neste
momento que me apercebi do enorme erro que cometi ao esquecer-me do frontal.
Em Cabril o Sérgio emprestou-me um, mas tinha a bateria
descarregada nem sequer chegou à cascata do Taiti, sendo atravessada de noite
às escuras…
Barry |
Já perto da Pedra Bela local onde deixei de levantar as marcações por imposição do STAFF que estava no local. Aqui, creio que foi o Fernando que me emprestou um novo frontal. E esse sim, chegou até final. Foi também aqui que começou a chover bastante, tornando a progressão ainda mais difícil, mas finalmente chegamos à Vila do Gerês...
2ª Etapa – Gerês/Ponte da Barca, 42 km
Melanie e Carla André |
À medida que ia levantando as marcações, os atletas da
cauda iam-se “revezando” ora uns ora outros isto atá meio da prova. A partir do
meio até final, tive a bela companhia de uma atleta Americana: Melanie Owen.
3ª Etapa – Arcos de Valdevez/Arcos de Valdevez, 47 km
Rio Vez |
Foi bastante complicada para mim esta etapa… Depressa
passei a ser “vassoura” de mim próprio, pois as marcações ao princípio eram
muitas e em locais que o acesso não era muito fácil. Depois de atravessar o Rio
Vez, 2 km à frente, começou a chover. Claro que o último atleta cada vez se afastava
mais e ainda por cima a chuva engrossava cada vez mais.
Quando cheguei ao primeiro abastecimento, a chuva era muita, o frio, o vento e nevoeiro também. Continuei a subir até Avelar e depois até Lordelo. Ao chegar ao cimo de Lordelo tive a agradável companhia do Sérgio! Seguimos rapidamente até final no encalço da última atleta. Os deuses estiveram connosco no alto de Sistelo. Aí deixou de chover e o sol envergonhado aparecia de quando em vez.
Quando cheguei ao primeiro abastecimento, a chuva era muita, o frio, o vento e nevoeiro também. Continuei a subir até Avelar e depois até Lordelo. Ao chegar ao cimo de Lordelo tive a agradável companhia do Sérgio! Seguimos rapidamente até final no encalço da última atleta. Os deuses estiveram connosco no alto de Sistelo. Aí deixou de chover e o sol envergonhado aparecia de quando em vez.
Chegamos finalmente aos Arcos 3 ou 4 minutos depois dos
dois últimos atletas: M. Penzen e Karen Penzen.
4ª Etapa – Sistelo/Lamas de Mouro, 23 km
Eram 8h30 quando a partida foi dada num cenário do outro
mundo. Sistelo, uma das sete maravilhas de Portugal, encanta e deslumbra quem a
visita! A subida de 10km até à Branda da Aveleira, fez “estragos” em duas
atletas uma Alemã, outra Holandesa. Elas viram que eu era o último e ia cheio
de fitinhas, resolveram fazer-me companhia... KKK
À chegada a Lamas de Mouro, tivemos uma recepção por parte
dos atletas que já tinham finalizado difícil de descrever. As atletas que
tiveram a amabilidade de me acompanhar, foram a Gillian Hannon e Alexandra
Malbon.
5ª Etapa – S. Gregório/Melgaço 19 km
Corrida em paisagens deslumbrantes por trilhos Espanhóis e
Portugueses sendo a maior parte do percurso junto ao Rio Minho, com uma
altitude baixa.
Aqui tive a companhia de mais um casal Holandês (Neil
Dawson e Lynda Talbot), que me “acompanhou” até à meta. Na parte final da
prova, reparo que tinham colocado uma fita de marcação num fio eléctrico que
serve para não deixar sair os animais do pasto. Ao tentar retirá-la, ia caindo
de costas com o choque que apanhei….
6ª Etapa – Sra. Da Peneda/Lindoso 36,5 km
Etapa com algumas peripécias. Pouco depois da partida, já
quase no cimo da 1ª subida, uma Atleta regressa à partida porque tinha
esquecido algo. Espero por ela e seguimos a bom ritmo, avistando dois atletas
mais à frente, e quase de seguida foram ultrapassados por ela. Um pouco mais à
frente são avistados mais 4 ou 5. Aqui o ritmo já era menor, mas mesmo assim
deu para nos aproximarmos um pouco.
Uns 3 km antes de chegar à Gavieira, recebo um telefonema
do Carlos Sá que me informa que está uma atleta perdida… Penso que teria saído
do trilho provavelmente para ir ao WC e quando regressou já não havia
marcações, já as tinha levantado..
Deixei ir embora o atleta que me acompanhava (que eu acompanhava)
… , coloquei a mochila no chão e vou para trás à procura dela. Passados mais de
2 km, lá a encontro. Parece que encontrou “deus” pois o sorriso naquela cara
cheia de lágrimas, foi de orelha a orelha. Era uma outra atleta! Não
falava Português mas uma das poucas palavras que aprendeu,foi "obrigada" que
repetiu inúmeras vezes até muito perto da Gavieira.
Ao outro dia, na etapa de Pitões de Júnia a Montalegre, no meio de um estradão estava escrito em letras muito grandes: OBRIGADA. Suponho que era dirigida a mim… Não era Sílvia???
Ao outro dia, na etapa de Pitões de Júnia a Montalegre, no meio de um estradão estava escrito em letras muito grandes: OBRIGADA. Suponho que era dirigida a mim… Não era Sílvia???
Ao entrar na Gavieira reparo que as marcações eram mesmo
muitas, dá ideia que a equipa do Zé Pereira queria “semear” as fitas a ver se
nasciam mais…. Kkk.
Com tanta fita para recolher perdi completamente o contacto
com a atleta que se tinha perdido.
Cerca de 2 km depois do Suajo, junta-se a mim um novo
vassoura, (Tiago Costa) ajudando a recolher as fitas no resto do percurso.
Ajuda preciosa!!!
Pitões de Junia |
Tive uma companhia excelente como vassoura a Sílvia
Martins. Fez todo o percurso a meu lado.
Obrigado Sílvia.
Obrigado Sílvia.
Eis uma pequena história da minha passagem pelo PGTA 2019.
Carlos Sá |
Que hei-de dizer? Apenas que a nível de Trail Runner, é sem
qualquer sombra de dúvida, o melhor que em Portugal se faz, a par do Foz Coa Douro Trail Adventure. E não há pontos
fracos!
Vamos começar aleatoriamente:
- Os melhores percursos!
- A paisagem mais bela!
- A variedade enorme de percursos diferentes!
- As distâncias adequadas para este tipo de prova
(desnível, distância e duração)!
- Abastecimentos regulares com tudo o que o organismo
precisa!
- STAFF com profissionalismo e simpatia!
- Marcações irrepreensíveis, sem haver possibilidade de
erro!
- Acompanhamento médico, enfermagem e terapeuta durante
todos os dias!
- Os melhores hotéis para pernoitar!
- Acima de tudo o profissionalismo, saber e desempenho do
Director e organizador do evento, CARLOS SÁ.
Durante estes 7 dias em que há mais de 30 Países, a língua poderia ser entrave, mas não é. Um simples olhar, um gesto com as mãos e acima de tudo O "Portuganhês" que é apanágio de todos os Portugueses, é suficiente para se constituir uma verdadeira família. Acreditem, na hora da despedida, há lágrimas misturadas com os abraços e beijinhos...
Durante estes 7 dias em que há mais de 30 Países, a língua poderia ser entrave, mas não é. Um simples olhar, um gesto com as mãos e acima de tudo O "Portuganhês" que é apanágio de todos os Portugueses, é suficiente para se constituir uma verdadeira família. Acreditem, na hora da despedida, há lágrimas misturadas com os abraços e beijinhos...
Tudo que enunciei, é motivo mais que suficiente, é um apelativo para que a
7ª edição a realizar em 2020, bata todos os recordes de participantes e Países.
Da minha parte (se for útil), com 73 anos lá estarei de novo, mais que não seja para acompanhar aqueles que não estarão sempre nos “melhores” dias e não se importam de ser os últimos…
Da minha parte (se for útil), com 73 anos lá estarei de novo, mais que não seja para acompanhar aqueles que não estarão sempre nos “melhores” dias e não se importam de ser os últimos…
Melgaço com energia!!!! |
Quim Sampaio – Ultra Trailer
28/05/2019
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